Roleta Russa - Natália NP - 28/03/2010



A luz fraca e inconstante era completamente propícia para o local em que se encontrava. Paredes acinzentadas. Chão negro. Energia negativa no ar. Pessoas deprimentes. Fotografia perfeita.

Não se lembrava direito de como chegara àquele ponto, mas sabia que suas decisões a haviam levado para onde estava. Era sua culpa. Procurara por isso.

Agora esperava sua vez naquele jogo fatídico. Talvez nem chegasse, talvez alguém perdesse antes. Ou depois. Até o fim da noite descobriria.

Se moveu na cadeira tentando encontrar uma posição melhor. Era desconfortável. Odiava cadeiras desconfortáveis.

Mais um. Não faltava muito para sua vez.

As pessoas achariam que havia se afundado por chegar ao ponto que estava. Não poderia ir contra elas, afinal estavam certas, mas de que importava? No final todos se resumiriam a mesma porcaria. Quem se deu bem na vida, quem se deu mal. Todos iriam morrer de um jeito ou outro, então por que se importar?

E outro. Seria a próxima. Mas o jogo ainda poderia acabar.

O nada a incomodava. Ser nada. Sentir nada. E a fascinava talvez até mais. Ser nada. Sentir nada. O que mais poderia desejar e temer para toda a eternidade?

O jogo não acabou. Sua vez.

Ergueu a mão direita sem hesitar, embora tivesse que admitir que o sangue acelerava e a adrenalina e o medo começavam a lhe dominar. Ainda assim, forçou a deixar os lábios se torcerem num sorriso meio torto, meio sarcástico, para quem lhe entregava o revólver.

O segurou e olhou para o tambor. Seis câmaras. Apenas um cartucho. A chance era de cinco pra um. Mas esse um teria que sair alguma hora. Talvez fosse agora.

Girou o tambor. Ergueu a mão direita segurando o revólver, apontando o cano para sua cabeça e permaneceu olhando para frente. Num ultimo instante lembrou-se de que lhe falavam que na hora final iria pedir ajuda para aquele que sempre desacreditou. Seu sorriso aumentou. Que se foda deus!

Apertou o gatilho.




Noite. xD

Então, depois de dois posts só de poemas meus, resolvi escrever algo mais longo, só porque tô com vontade de desabafar mesmo. Não sei se alguém vai ler, mas do que importa? Ao menos vou me livrar do que quero dizer (embora eu não vá dizer nem metade do que quero, por alguns motivos).

Primeiramente, falar do cursinho. \o/ Todo dia acordando cinco e meia da manhã, ônibus cheio para chegar - ou tentar - no horário lá e tudo mais. Primeiro semana foi a semana básica, coisas simples, e no primeiro sábado já teve um simulado sobre aquelas questões. Acho que fui bem até, dei uma estudada antes, consegui fazer as questões de maneira consciente. xD Segunda semana começou a pegar pesado, já era matéria e mesmo que simples, por ser no começo, se não pegar isso não pega o resto ao longo do ano. Então, lá fui eu estudar. Na quinta da semana passada fiquei até as oito e meia lá estudando. E ai as coisas desandaram.

Sexta eu tava só o caco, não estudei. Acabei ficando lá de tarde conversando e só. Sábado e domingo eu estava muito mal - cólica maldita, homens tem muita sorte - então nem deu pra estudar. E essa semana meu humor estava péssimo. Eu estava - estou - brava com o mundo, não consigo prestar atenção em nada, meus pensamentos estão vagando por aí. Quando isso aconteceu ano passado eu perdi o ano. Se eu não melhorar até o final do mês eu saio do cursinho, já que não vou fazer minha mãe pagar tudo aquilo para eu não estudar. Eu prometi que ia conseguir, mas se eu souber que não vou, eu saio. Não tem porque continuar algo que só repetirá o ano passado.

Mas ao menos conheci umas garotas legais lá, mais amizades e talz. \o/ As vezes até carona consigo para voltar pra casa, isso ajuda muito. xD

Agora, falando sobre mim... Estou um caco. Faz uma semana mais ou menos, quando comecei a desandar no cursinho. Isso está ligado, claro. Existem vários motivos, pressão, tem toda essa coisa de escolher o curso, estudar, não deixar matéria acumular, se manter antenado no que acontece no mundo, redação, livros para ler e... Isso, três pontinhos. \o\ Lembra que eu disse que não ia falar tudo? Tem coisas que nem aqui eu posso dizer.

Não dormi direito a ultima noite e nem consegui dormir de tarde. Espero que essa noite as coisas melhorem, porque o sono está me deixando totalmente aérea do mundo, ao mesmo tempo de que quando eu deito ele vai embora para ser substituído por pensamentos incoerentes e sufocantes. Alguma semelhança com aqueles meus posts antigos na minha fase dark não é mera coincidência.

Maaas, é a vida, não é? Tenho esse final de semana que vou usar para extravasar tudo o que está em mim, sei lá fazendo o que, talvez pegando um ônibus e saindo por ai sem destino, só por sair. Gritar cantando com uma música bem alta - isso ajuda - ou só dormir o tempo todo, para que o tempo passe mais depressa.

Bem, é isso. xD Ah, meu vício por Coca-Cola está voltando (teve um tempo que eu tomava todo dia ._.'), sério x_x, toda hora eu estou com vontade de tomar coca cola. :B Mas é bom *-*

É 'só' isso. \o/ Sou problemática né? Admito, eu sou. Mas acho que eu ficaria muito entediada se minha vida fosse normal, eu fosse normal, o que eu sentisse fosse normal. Loucura é fundamental. xD

Então, agora o poeminha. Nos ultimos dias eu escrevi alguns vários poemas, um mais tenso que o outro. Mas esse aqui que vou botar é bonitinho *-* fiz na quinta feira de tarde. Ao invés de ficar estudando fui pro parque que tem perto do cursinho, para relaxar a cabeça. Ai lá eu deitei num banco e escrevi o poema. Vou até botar uma foto do local, que eu tirei \o\


Instante - Natália NP - 11/03/2010


Os passos ecoavam em seus ouvidos
Pés pisando sobre a terra, pedras, grama
O sol brilhando com sua eterna chama
O som de galhos sendo partidos

Ao que o barulho aumentou, moveu-se
A curiosidade se aguçava
Queria ver quem se aproximava
Mesmo que a pessoa não conhecesse

Seu olhar então a encontrou
E se observaram naquele mínimo instante
Mas o momento acabou

Desviou o olhar, as coisas voltaram como eram antes
Porém aquela pessoa havia passado por seu mundo
Mesmo que por apenas um segundo


É isso. Esse poema teve consequências maiores do que só apenas palavras jogadas numa folha de papel, algo que faz com que eu me arrependa de tê-lo feito. Mas também, não era algo que eu poderia conter por muito tempo, acho. E quem tá lendo não está entendendo nada disso. xD Então, esquece. -q

Música da Vez: Somewhere Over the Rainbow - Israel Kamakawiwo'ole (http://www.youtube.com/watch?v=pAIKznMPXUk)

'Apenas' amor - Natália NP - 09/03/2010




Eu poderia tentar dizer tudo
O que você representa pra mim
Mas eu precisaria de todo o tempo do mundo
E ainda assim isso não teria um fim

Contar como me conquistou
Quando eu não lhe dava muita atenção
Porém em um mês que passou
Conseguiu roubar meu coração

Agora não me vejo mais sem você
Minha vida não teria sentido
Eu piraria se eu ficasse sem poder
Falar um dia sequer contigo

Dizer da fascinação que tenho pelo seu sorriso
Beleza que invejaria até a Narciso
O agradável som de sua voz
A minha total dependência atroz

E poderia falar até dos seus defeitos
Pois eles também fazem parte de seu ser
Todos sabemos, ninguém é perfeito
Mas não se precisa de perfeição sendo você

Então mais uma vez lhe escrevo
E por estas palavras me declamo
Você não tem ideia do quanto eu te amo


(Poema para uma pessoa muito importante na minha vida hoje em dia. Marida, você sabe que eu te amo demais, né? s2)


Música da Vez: Mecânica Celeste Aplicada (Luana) - Yoñlu (http://www.youtube.com/watch?v=BqBKv-HonLs)

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